Vitrina, 11.08.2025 - Um grupo de cidadãos que inclui políticos, economistas, escritores, pintores, jornalistas e juristas está a apoiar uma “Petição Pública” que pede a “suspensão imediata” da construção do mercado de peixe na Marginal 12 de Julho, na cidade de São Tomé, no âmbito da requalificação dos dois primeiros lotes de toda a marginal que se estende da entrada de São Marçal, até ao aeroporto Nuno Xavier.
A petição que já foi subscrita por cera de 300 pessoas será enviada para o Governo de São Tomé e Príncipe, Ministério de Infraestruturas e Recursos Naturais, Camara Distrital de Agua Grande, Banco Europeu de Investimento e UNESCO (para avaliação do impacto patrimonial).
“Nós, abaixo-assinados, cidadãos são-tomenses, residentes e amigos de São Tomé e Príncipe, manifestamos a nossa profunda preocupação com a construção do novo mercado de peixe na Marginal 12 de Julho, em frente ao monumento nacional a Capela de Bom Jesus e a Praça da UCCLA”, lê-se no documento.
Os proponentes consideram que o projeto é “arquitetonicamente agressivo, desarmonizado o casco antigo da cidade que merece preservação e valorização”. O documento que está a circular nas redes sociais justifica que a localização deste mercado de peixe em frente a monumentos históricos e numa área até agora livre de construções “é inaceitável” e compromete a paisagem cultural e turística da baía” de Ana Chaves.
O projeto é também criticado pelo facto de não incluir estações de tratamento de águas residuais, o que levará ao despejo de afluentes não tratados no mar, constituindo “um crime ecológico e ameaçando a fauna marinha”.
Por tudo isso, os proponentes da petição exigem a “suspensão imediata” das obras em curso, a “reavaliação do projeto” com consulta pública e estudos de impacto ambiental e patrimonial” e a “inclusão de sistemas de tratamento de águas residuais” para evitar danos ecológicos.
O documento está a ser partilhado para assinaturas nas versões em português e inglês. O Vitrina promete continuar a acompanhar a evolução da situação.
MB/Vitrina
